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O desejo de ajudar, reparar e satisfazer.


“As crianças têm, muitas vezes a capacidade de superar, de forma surpreendente, as necessidades que elas próprias sofreram.


É sempre impressionante vivenciar tudo o que os clientes em sua infância tiveram de superar e efetivamente superaram.


O que é muito difícil, para as crianças, porém, é lidar com as necessidades das pessoas queridas. Quando elas atingem os seus três anos, começam a olhar para todas as pessoas que pertencem à sua família. “Quem é ela? Passam a enxergar não apenas todas as pessoas que pertencem à família, mas também às necessidades por que passam.


Então a alma da criança assume, para carregá-lo, aquilo que na análise transacional identificou como o seu “roteiro de vida.” (Eric Berne).


Esse script atua como se uma voz interior nessa criança dissesse: "Querida mamãe (querido papai, queria irmã maior, querida vovó...), não fique triste, eu ajudo você a sair de sua necessidade. Agora sou muito pequena, mas espere até que eu cresça, então irei ajudá-la".


Assim a criança "esboça" um papel para a sua vida, um plano de onde espera ajuda para livrar da necessidade a pessoa querida. Essa decisão alivia extremamente a criança, mas quando ela cresce e continua marcada por esse plano secreto, esse modelo se torna uma ilusão limitadora. Em muitos roteiros de vida, temos que lidar com essa dinâmica anímica. Algumas pessoas se recordam, por exemplo, de terem dito, ainda quando crianças. "Eu nunca me casarei" ou "Algum dia irei para outro país".


Constelações familiares, Jakob Schneider.


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