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Equilíbrio nos Relacionamentos

Atualizado: 31 de mar. de 2020

Todos os relacionamentos seguem aspectos observados na prática por Bert Hellinger, dentro dos princípios do pertencimento, ordem, e equilíbrio. Além disso, as ordens do amor, são um grande regente de todos os sistemas. Isso tudo afeta na prática, as nossas parcerias.


Vamos ver então como as coisas acontecem, desde que somos crianças:


As crianças estão entrelaçadas com a comunidade do destino de sua família.

Por amor, eles assumem um fardo por um dos pais ou, se um deles parece carente, tentam se tornar mãe ou pai para eles.

Sieglinde Schneider, em Kindliche Not und kindliche Liebe.


Portanto, uma criança, seu cônjuge ou companheiro de trabalho, podem ser afetados por situações dentro de dinâmicas como as que são enumeradas abaixo, baseadas em Indra Torsten Preiss, em seu livro Family Constellations Revealed.


De que maneira pode, o equilíbrio das relações ser perturbado?


O amor flui nas relações nas quais a parceria entre ambos é voluntária, e não há exigências. Quando há cobranças entre as partes, podemos estar frente a casos de parentificação, ou seja, de filhos assumindo posição de pais para com seus próprios pais. Um dos pais pode estar se relacionando com o outro da posição de criança, renunciando às suas responsabilidades ou não sendo capaz de assumi-las.


Daí pode surgir o que chamamos de emaranhado. Falamos em emaranhados ou destinos relacionados, quando um membro da família assume os sentimentos e atitudes de outro membro da família e os personifica em sua vida. Isso geralmente diz respeito a eventos traumáticos e a sentimentos ou atitudes conscientes ou subconscientes não processados, bem como conflitos não resolvidos entre os envolvidos.


Emaranhados também podem surgir quando os antepassados ​​fizeram algo que pensavam estar certo na época, mas que acabou sendo uma injustiça. É comum em situações como em tempos de guerra, quando as ações empreendidas em nome do idealismo ou da convicção são consideradas inexplicavelmente horríveis em retrospecto.


Exigindo sacrifícios


A exigência de que um dos parceiros abandone amigos, vida social ou a profissão, pode ser um sinal de um relacionamento disfuncional.

Um relacionamento se torna disfuncional quando um parceiro exige que o outro abandone seu trabalho, amigos ou vida social. Principalmente, quando essas exigências são seguidas de ridicularizações ou escárnio.

Relacionamentos assim, geralmente enfraquecem e tendem ao rompimento. Uma armadilha comum nessas situações, é um dos pais dizer que fez o sacrifício pelos filhos.


Atuando como salvador

Quando um dos parceiros ajuda demais e de “boa vontade” dá muito mais do que recebe, ocorre um desequilíbrio nas relações. O parceiro que recebe sem possibilidade de retribuir o que recebeu, sentirá culpa pela situação, e a relação está fadada ao insucesso. Isso é comum na família, quando um membro deseja “salvar “ a todos, com o desequilibrio nas ordens da ajuda e do pertencimento.


Atuando como vítima

O equilibrio também fica corrompido quando um dos pais desempenha o papel de vítima e se coloca responsável por tudo. O outro parceiro vai se sentir mal e sair da relação eventualmente, pois não consegue agir de acordo com tudo feito “à perfeição” pelo outro. A frase: “Mas eu sempre fiz tudo tão direitinho... “ pode mascarar o papel da vítima.


Mostrando excesso de responsabilidade

Agindo como se seu comportamento fosse insuficiente para que o outro aja “de acordo” é uma forma de exercer controle sobre os sentimentos do outro. A pessoa que age como se tivesse esse poder se coloca como superior. Um exemplo seria a frase: “ Ele/ela seria muito mais feliz se ao menos eu conseguisse oferecer mais....” Traz portanto para si, uma responsabilidade que não é sua.


Desejar ter filhos ou não

Quando um dos parceiros entra na relação desejando não ter mais filhos pois já tem os seus de relacionamentos anteriores, e o outro parceiro que não tem, deseja ter filhos, pode se estabelecer um desequilíbrio. Uma relação em que o desejo de ter ou não filhos não chega a um acordo comum, precisa considerar a liberação do outro para que consigam ambos cumprirem seus desejos.


Desequilíbrio financeiro

Cada caso tem suas particularidades, mas a observação feita segundo as constelações, é de que quem recebe muito acaba sentindo culpa e tende a fugir da relação por dificuldade de retribuir ao que recebeu. O equilíbrio pode ser conquistado quando o reconhecimento é explícito, pelo tempo, dedicação e dinheiro ganho pelo outro para pagar estudos, por exemplo. Essa função no geral é dos pais, portanto o casal deve encontrar uma forma de retribuição para que haja equilíbrio. O mesmo quando uma parte dá presentes muito caros e a outra não consegue retribuir à altura.



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